Nos dias que correm gostava de
ter mais tempo para tudo: tempo para descansar, tempo além da minha vida
profissional, às vezes tempo para ser feliz, seja lá o que isso for, e tempo
para ter esperança. Não acredito que basta querer. Não basta querer. É preciso
que haja oportunidade para querer, é preciso também que façamos para tal mas,
tal como considero o direito à tristeza um direito inalienável, considero que o
‘basta querer’ é um sofisma e muitas vezes uma grande tontice prenhe de autoajudas
e outras modas que por aí andam. Não basta querer. Nos dias que correm também
gostava de mais tempo para alimentar este blogue, contar histórias, publicar
mais receitas que vou amontoando e que vão ficando guardadas em ficheiros por
aí na esperança vã de que me volte a vontade de bloggar e a escrita se solte
como em tempos passados. Hoje, em dia de descanso, fui buscar esta receita.
Tive tempo e paciência e como gostei muito do resultado resolvi partilhá-la.
Chega um tempo para tudo.
Pilaf de arroz selvagem com camarão
Ingredientes
1 cebola roxa média
2 dentes de alho
Tomilho
Açafrão
Pimenta cayenne
Pimenta preta
1 pau de canela
1 baga de piri-piri
Raspa de duas limas
Sumo de uma lima
Coentros
Arroz selvagem (usei dois copos
pequenos)
Caldo de peixe
400 gr de camarão médio
Azeite
Preparação
Deixar descongelar o camarão, descascar e
arranjar. Temperar com um pouco de sal, pimenta preta acabada de moer e sumo de
uma lima. Reservar.
Pré-aquecer o forno a 200º.
Picar a cebola e o alho. Aquecer
uma frigideira larga que possa ir ao forno. Deitar a cebola e o alho e o
azeite. Juntar de seguida o tomilho, o açafrão, a raspa das limas, a pimenta
cayenne, e a baga de piri-piri. Cozinhar uns cinco minutos até que a cebola
amoleça, mexendo sempre, e juntar o pau de canela. Adicionar o arroz selvagem, mexer bem, e deixar
fritar por uns minutos até que o arroz comece a ficar translúcido. Deitar então
o dobro da quantidade de arroz em caldo de peixe e levar ao forno pré-aquecido
cerca de 10-15 minutos até a água ter sumido. Retirar do forno, misturar os camarões
cuidadosamente com um garfo para ficarem distribuídos uniformemente e, por fim,
juntar os coentros picados ou cortados com uma tesoura de ervas aromáticas.
Rectificar o tempero. Levar ao forno até os camarões e o arroz estarem cozinhados. Servir polvilhado com os restantes coentros picados.
Originalmente o pilaf não é feito com arroz selvagem, já o fiz com outro tipo de arroz, mas apeteceu-me, apetece-me muito, variar. O resultado foi óptimo. Gosto da multiplicidade de sabores e que, mais uma vez, nenhum se sobreponha ao outro. Não é aconselhável a quem prefira sabores brandos e comedidos.
6 comentários:
hoje em dia não basta querer...
e eu adoro ler-te.
fora com essas coisas todas, adorei este arroz que nunca comi e sempre tive curiosidade.
Nao fazia ideia do que era pilaf :D pensei que te tivesse dado alguma coisita má :P (brincadeirinha)
E ameiiiiiiiiii esse garfo ;)
Bjos e uma boa semana amiga
Obrigada, querida Filipa :)
O pilaf é um arroz que é frito até ficar translúcido antes de deitar a água, muito frequentemente basmati. Desta vez deu-me para usar o selvagem. Tem um sabor característico de que gosto muito.
Os garfos e os restantes talheres, há facas, colheres de sopa e umas colheres pequenas assim terão sido das primeiras coisas que comprei quando decidimos casar.
Beijinhos e boa semana :)
E que boa ideia a de usares este tipo de arroz Leonor ficou um prato com um aspecto delicioso
beijinhos!
Ficou diferente, Mariana, mas com arroz basmati também deve ficar bem.
Obrigada, beijinhos :)
Uma delicia!
Kiss, Susana
Experimenta, Susana :) Eu gosto muito.
Boa semana
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