Cá em casa deixámos de fazer bolos de aniversário ou de os comprar na pastelaria. Eu explico. Depois do boom dos anos 80 de se ir comprar um bolo à pastelaria, lembro-me que até lá eram feitos em casa de forma singela e sem grandes alaridos, e desta tendência se ter estendido até ao final dos anos 90 cá em casa, o milénio ditou por estas bandas uma outra fase. É que depois da euforia da novidade, os bolos de aniversário passaram a banalizar-se, a não constituir grande novidade e, pior, arrastavam-se nos dias subsequentes aos aniversários. Tinham servido a função e depois disso ninguém nunca teve grande vontade de regressar a eles. Contra o desperdício lá se iam comiscando mas se fosse um outro bolo seria certamente mais apreciado. Não me lembro exactamente quando foi a primeira vez mas sei que decidi um dia que o meu bolo de aniversário seria um dos meus preferidos e que a minha mãe faz como ninguém: bolo de banana. É um bolo denso e intenso e, depois desse aniversário, os bolos de aniversário passariam a ser o que o aniversariante quisesse e o que cada aniversariante quer pode diferir muito, assim sendo, cá em casa já houve os seguintes 'bolos de aniversário': molotof mais do que uma vez, pavlova de frutos vermelhos, Floresta Negra, bolo de chocolate e frutos vermelhos, bolo de banana, bolo de bolacha.
A minha mãe abre a época de aniversários cá em casa e desta vez para agradar à aniversariante houve um inédito para todos, inédito porque eu nunca o tinha feito e inédito porque nunca tinha servido de bolo de aniversário. Apresento-vos cheesecake Floresta Negra. Ah e mil beijos de Parabéns à minha mais-que-tudo mãe. Merece tudo. Estas palavras são poucas.
A minha mãe abre a época de aniversários cá em casa e desta vez para agradar à aniversariante houve um inédito para todos, inédito porque eu nunca o tinha feito e inédito porque nunca tinha servido de bolo de aniversário. Apresento-vos cheesecake Floresta Negra. Ah e mil beijos de Parabéns à minha mais-que-tudo mãe. Merece tudo. Estas palavras são poucas.
Cheesecake Floresta Negra
Ingredientes
Para a base
125 g chocolate de culinária
3 colheres de sopa de leite
150 g de manteiga à temperatura ambiente
150 g de açúcar
3 ovos
200 g farinha
1 colher de sopa de cacau em pó
1 colher de chá de fermento
Para o creme de queijo
2 embalagens de queijo creme (usei Philadelphia)
2 embalagens de natas ácidas (usei do Aldi)
3/4 de chávena de açúcar
5 folhas de gelatina
1 frasco de ginjas descaroçadas (usei do Aldi)
Ginjinha a gosto
açúcar gelificante (pus a olho, talvez umas três colheres de sopa)
Pré-aquecer o forno a 180º. Forrar uma forma de fundo amovível com papel vegetal.
Derreter o chocolate com o leite em banho-maria. Deixar arrefecer um pouco. Bater a manteiga com o açúcar até ficar uma creme fofo e esbranquiçado. Adicionar os ovos um a um e, por fim, envolver o chocolate derretido.
Juntar a farinha com o fermento e cacau e envolver de cima para baixo com uma espátula sem bater. Levar ao forno cerca de 25 minutos. Retirar do forno e deixar arrefecer.
Depois de frio, preparar o creme de queijo. Bater o queijo com o açúcar, adicionar as folhas de gelatina derretidas e envolver as natas.
Retirar o papel vegetal do bolo e colocá-lo na mesma forma. Regar a base com ginjinha e colocar por cima ginjas a gosto. Deitar por cima o queijo creme e levar ao frigorífico até solidificar. Para a cobertura, levar ao lume ginjinha a gosto com a calda das ginjas e o açúcar. Ferver uns minutos. Deixar arrefecer e deitar por cima do cheesecake e deixar solidificar no frigorífico.
Retirar do frigorífico e decorar a gosto. Usei cerejas frescas e raspas de chocolate negro.
E assim foi mais um 'bolo de aniversário'. Ninguém se queixou por ter de comer bolo de aniversário e hoje ainda estava bom.
Nota: a base de bolo de chocolate é desta receita da Rachel Allen. O bolo é delicioso e óptimo mesmo sozinho mas nesse caso é melhor dobrar a receita.