Terá começado numa quarta-feira
que não a de ontem. Miudinho. Pela manhã fresca e cinzenta deste Janeiro final.
Desconfiei. Agora? Ainda há esperança? Continuei observadora. Sentaram-se
relativamente ordeiros. Abriram cadernos, escreveram o sumário e, pasme-se,
lembraram-se de tirar dúvidas. Foram quarenta e cinco lindos maravilhosos
inéditos e surpreendentes minutos de aula sem que, pela primeira vez neste ano
lectivo, eu tivesse de levantar a voz, baixar a voz, abrir os olhos, ameaçar fazer,
fazer, mudá-los de lugar e usar de todas as estratégias possíveis para por um
ponto final naquele desassossego incompreensível. Esse dia ficará marcado no
meu caderninho de efemérides com o dia um daquilo que é esperado ser uma sala
de aula. Todos os anos os alunos são diferentes. Todos os anos há queixumes,
mas estes, ai estes. Braços de ferro permanentes, palavras esgrimidas, a
autoridade exibida sem qualquer cerimónia, e a certeza de que jamais desistiria
e entregaria de mão beijada a minha dignidade e a minha autoridade. Hoje
seguiu-se a confirmação. Sossegados para os padrões, de cadernos e lápis,
mergulhados na ordem inversa e verbos de partícula separável. Talvez não tenha
sido eu mas os mistérios quase insolúveis de uma língua que dizem áspera. Prefiro
acreditar que sim, que a luta e persistência compensou.
Consegui finalmente
domar os pirralhos e marmanjos à minha frente, Janeiro finda e está sol. E
apeteceu-me comemorar. Mesmo que panquecas sejam o que se come ao pequeno-almoço.
Panquecas
Ingredientes
120 g de farinha com fermento
1 colher de chá de fermento
2 ovos
100 ml de leite
2 colheres de sopa de açúcar de
confeiteiro
Preparação
Deite a farinha e o fermento numa
tigela e abra uma cova no meio. Bata os ovos com uma vara de arames. Junte os
ovos à farinha e, com a vara de arames, vá misturando energicamente do centro para fora. Junte o
leite em duas vezes, misturando bem para não ficar com grumos. Juntar por fim o
açúcar de confeiteiro. Deixar a massa descansar uns dez minutos.
Aqueça uma frigideira de fundo
aderente. Junte um fio de óleo de girassol e com papel de cozinha unte a frigideira,
retirando o excesso. Deite conchas pequenas do preparado, quando começar a
fazer bolhinhas, vire. Sirva mornas com compota ou chocolate quente ou com o que a
vontade do momento lhe ditar. Nada como dar largas à imaginação. Comi-as com doce de framboesa, iogurte grego em substituição de um clotted cream e uma chávena de Earl Grey.
Receita inspirada aqui.
14 comentários:
Lindas e deliciosas de certeza!
Adoro panquecas!
Beijinhos;
Aurea Sá
Estas ficaram fofas e cresceram imenso. São mesmo boas :)
Beijinhos, Aurea e obrigada pela visita.
É caso para comemorar. Se é!
Beijinhos,
Ilídia
P.S.: Lindas, as panquecas.
Adoro panquecas e a da foto está tão gulosa que apetece trincar :)
Bjns
Isabel
http://emocaoascolheradas.blogspot.pt/
Esses dias merecem comemoração, realmente.
O meu próximo post que tenho agendado este fim de semana, também são panquecas, mas com o iogurte grego mesmo na massa :)
bj
Essa panqueca esta bem tentadora,merece mesmo ser devorada.
bjs
É mesmo, Ilídia, tem sido mesmo muito difícil.
Beijinhos
Isabel, as fotografias são o meu problema. Só fotografo em cima da hora e nem sempre saem bem.
Beijinhos
Cristina, é pena que os iogurtes gregos tenham tantas calorias. São os que mais gosto.
Heistei entre esta receita e uma outra do Gordon Ramsay com ricotta. Fica para a próxima.
Beijinhos
Só sobrou uma, São:)
Nhamii que pequena maravilha :D
:) Beijinhos
Domaste as "feras" e isso não me espanta muito pois tenho-te em conta como sendo uma mulher de personalidade muito forte.
As panquecas estão "ai point".
Parabéns pelos dois resultados.
Beijinho
Maria
Acho que sim, Maria, acho que as domei mas tem sido mesmo muito difícil. Obrigada pelo elogio. No ensino não pode haver fracos.
Já repeti as panquecas e ficaram mais uma vez aprovadas :)
Beijinhos
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