Quando se decide dar uma
saltadinha a uma das cidades mais caras do mundo, o local de pernoita é muito
importante e obedece aos critérios impostos pelo orçamento disponível. A
escolha recaiu sobre um dos edifícios históricos, construído para as Olimpíadas
de 1980. De construção imponente como todas as que vêm daquele lado do mundo, o
complexo hoteleiro dividia-se por três enormes torres construídas para
impressionar o mundo capitalista em plena guerra fria. O primeiro embate, que
isto de choque cultural está em todo o lado, foi quando na recepção fomos
recebidos com a proverbial antipatia moscovita e uma dificuldade imensa em
comunicarmos em inglês, obstáculo que se estenderia ao longo dos dias em
Moscovo e que seria também acompanhada por uma rudeza no trato que não
encontrei em mais lado nenhum do mundo. Os pequenos-almoços eram povoados por
muitos turistas nacionais e a mais importante refeição do dia era opípara e
farta, composta de muitas saladas e legumes. Comiam, ó se comiam. E o que
comiam? Pepino e pimentos às rodelas, todo o tipo de legumes crus e saladas.
Nada contra a diversidade mas a ideia de comer pepino ao pequeno-almoço não
colhe adeptos por estas paragens e a ideia do frio e peso do pepino logo pela
fresca a ocupar-me o estômago causa-me alguns engulhos. Mas, como em todos os lugares,
há sempre algo que nos deixa saudades: blinis. Eram comidos de várias maneiras,
mas eu não os dispensava com um molho espesso de frutos vermelhos e natas
ácidas a acompanhar. Uma delícia.
E esta conversa toda surgiu porque a ideia dos blinis voltou quando precisei de uma alternativa para as tostas. Eu explico: tostas com queijo creme e salmão fumado são uma das minhas entradas preferidas. Contudo, passada uma hora as tostas ficavam moles e empapadas e não gosto de nada que seja mole, raramente como açorda e ensopados também não fazem parte das minhas preferências. Para obstar a esta pecha fui dando voltas pelos livros de culinária e descobri esta receita num deles. Na minha cabeça são blinis e cá em casa conhecidos como tal, embora os ingredientes não sejam os mesmos, não de todo, mas a forma lembra-me sempre uma das delícias da cozinha russa. As variações são ao sabor da imaginação. Gosto deles de várias maneiras: com paté de atum, paté de delícias do mar, com presunto da Baviera em substituição do salmão. E gosto deles com uma boa companhia, iniciando o almoço de Domingo ou ao pôr de sol de Verão enquanto as brasas se acalentam para o grelhado de Estio.
E esta conversa toda surgiu porque a ideia dos blinis voltou quando precisei de uma alternativa para as tostas. Eu explico: tostas com queijo creme e salmão fumado são uma das minhas entradas preferidas. Contudo, passada uma hora as tostas ficavam moles e empapadas e não gosto de nada que seja mole, raramente como açorda e ensopados também não fazem parte das minhas preferências. Para obstar a esta pecha fui dando voltas pelos livros de culinária e descobri esta receita num deles. Na minha cabeça são blinis e cá em casa conhecidos como tal, embora os ingredientes não sejam os mesmos, não de todo, mas a forma lembra-me sempre uma das delícias da cozinha russa. As variações são ao sabor da imaginação. Gosto deles de várias maneiras: com paté de atum, paté de delícias do mar, com presunto da Baviera em substituição do salmão. E gosto deles com uma boa companhia, iniciando o almoço de Domingo ou ao pôr de sol de Verão enquanto as brasas se acalentam para o grelhado de Estio.
Pikelets de cebolinho com salmão
fumado
Ingredientes
Para os pikelets:
125 g de farinha com fermento
2 ovos
125 ml de leite
1 colher de sopa de natas ácidas
1 pitada de sal refinado
Cebolinho a gosto
Salmão fumado
Queijo creme com ervas aromáticas
Sumo e raspa de lima ou limão
Preparação
Juntar a farinha e o sal num
recipiente e envolver. Fazer uma cova no centro e adicionar os ovos levemente
batidos, o leite e as natas. Mexer tudo muito bem com uma vara de arames até
ficar uma massa homogénea e sem grumos, mas não bater demasiado Por fim, juntar o cebolinho cortado com
uma tesoura de ervas aromáticas e deixar descansar 15 minutos.
Aquecer uma frigideira, de
preferência uma de crepes. Deitar um fio de óleo de girassol e retirar o
excesso e enxugar com papel de cozinha. Com uma colher de sopa deitar pequenas
porções da massa. Virar quando começar a borbulhar. Repetir até acabar a massa.
Deixar arrefecer.
Abrir a embalagem de salmão
fumado e regar o salmão com sumo de lima ou de limão em alternativa. Barrar
cada pikelet com queijo creme com ervas aromáticas e pôr o salmão por cima.
Polvilhar com raspa de lima.
4 comentários:
Nunca comi mas tenho a certeza que ia gostar.
Ficaram uma tentação ,eu adoro salmão fumado.
bj
São tão fáceis de fazer, São.
Beijinho
Gostei tanto Leonor! Ficam crocantes? Vou fazer de certezinha. Obrigada pela receita. Beijinho da Maria
Obrigada :)
Não, não ficam crocantes. Ficam macios como se fossem pequenas panquecas. Um destes dias substituí o leite por buttermilk que tinha cá em casa e precisava de usar e omiti as natas. Ficaram ainda melhores. O buttermilk no Aldi foi uma grande descoberta. Não tem nada a ver com aquele caseiro.
Beijinhos
Enviar um comentário